Problema? Solução!

16/04/2008

 

2 Samuel 22

1 Davi dirigiu ao Senhor as palavras deste cântico, no dia em que o Senhor o livrou das mãos de todos os seus inimigos e das mãos de Saul, dizendo:
2 O Senhor é o meu rochedo, a minha fortaleza e o meu libertador.
3 É meu Deus, a minha rocha, nele confiarei; é o meu escudo, e a força da minha salvação, o meu alto retiro, e o meu refúgio. O meu Salvador; da violência tu me livras.
4 Ao Senhor invocarei, pois é digno de louvor; assim serei salvo dos meus inimigos.
5 As ondas da morte me cercaram, as torrentes de Belial me atemorizaram.
6 Cordas do Seol me cingiram, laços de morte me envolveram.
7 Na minha angústia invoquei ao Senhor; sim, a meu Deus clamei; do seu templo ouviu ele a minha voz, e o meu clamor chegou aos seus ouvidos.
8 Então, se abalou e tremeu a terra, os fundamentos dos céus se moveram; abalaram-se porque ele se irou.
9 Das suas narinas subiu fumaça, e da sua boca um fogo devorador, que pôs carvões em chamas.
10 Ele abaixou os céus, e desceu; e havia escuridão debaixo dos seus pés.
11 Montou num querubim, e voou; apareceu sobre as asas do vento.
12 E por tendas pôs trevas ao redor de si, ajuntamento de águas, espessas nuvens do céu.
13 Pelo resplendor da sua presença acenderam-se brasas de fogo.
14 Do céu trovejou o Senhor, o Altíssimo fez soar a sua voz.
15 Disparou flechas, e os dissipou; raios, e os desbaratou.
16 Então, apareceram as profundezas do mar; os fundamentos do mundo se descobriram, pela repreensão do Senhor, pelo assopro do vento das suas narinas.
17 Estendeu do alto a sua mão e tomou-me; tirou-me das muitas águas.
18 Livrou-me do meu possante inimigo, e daqueles que me odiavam; porque eram fortes demais para mim.
19 Encontraram-me no dia da minha calamidade, porém o Senhor se fez o meu esteio.
20 Conduziu-me para um lugar espaçoso; livrou-me, porque tinha prazer em mim.
21 Recompensou-me o Senhor conforme a minha justiça; conforme a pureza de minhas mãos me retribuiu.
22 Porque guardei os caminhos do Senhor, e não me apartei impiamente do meu Deus.
23 Pois todos os seus preceitos estavam diante de mim, e dos seus estatutos não me desviei.
24 Fui perfeito para com ele, e guardei-me da minha iniquidade.
25 Por isso, me retribuiu o Senhor conforme a minha justiça, conforme a minha pureza diante dos meus olhos.
26 Para com o benigno te mostras benigno; para com o perfeito te mostras perfeito,
27 para com o puro te mostras puro, mas para com o perverso te mostras avesso.
28 Livrarás o povo que se humilha, mas teus olhos são contra os altivos, e tu os abaterás.
29 Porque tu, Senhor, és a minha candeia; e o Senhor alumiará as minhas trevas.
30 Pois contigo passarei pelo meio dum esquadrão; com o meu Deus transporei um muro.
31 Quanto a Deus, o seu caminho é perfeito, e a palavra do Senhor é fiel; é ele o escudo de todos os que nele se refugiam.
32 Pois quem é Deus, senão o Senhor? E quem é rocha, senão o nosso Deus?
33 Deus é a minha grande fortaleza; e ele torna perfeito o meu caminho.
34 Faz ele os meus pés como os das gazelas, e me põe sobre as minhas alturas.
35 Ele instrui as minhas mãos para a peleja, de modo que os meus braços podem entesar um arco de bronze.
36 Também me deste o escudo da tua salvação, e tua brandura me engrandece.
37 Alargaste os meus passos debaixo de mim, e não vacilaram os meus artelhos.
38 Persegui os meus inimigos e os destruí, e nunca voltei atrás sem que os consumisse.
39 Eu os consumi, e os atravessei, de modo que nunca mais se levantaram; sim, caíram debaixo dos meus pés.
40 Pois tu me cingiste de força para a peleja; prostraste debaixo de mim os que se levantaram contra mim.
41 Fizeste que me voltassem as costas os meus inimigos, aqueles que me odiavam, para que eu os destruísse.
42 Olharam ao redor, mas não houve quem os salvasse; clamaram ao Senhor, mas ele não lhes respondeu.
43 Então, os moí como o pó da terra; como a lama das ruas os trilhei e dissipei.
44 Também me livraste das contendas do meu povo; guardaste-me para ser o cabeça das nações; um povo que eu não conhecia me serviu.
45 Estrangeiros, com adulação, se submeteram a mim; ao ouvirem de mim, me obedeceram.
46 Os estrangeiros desfaleceram e, tremendo, saíram dos seus esconderijos.
47 O Senhor vive; bendita seja a minha rocha, e exaltado seja Deus, a rocha da minha salvação,
48 o Deus que me deu vingança, e sujeitou povos debaixo de mim,
49 e me tirou dentre os meus inimigos; porque tu me exaltaste sobre os meus adversários; tu me livraste do homem violento.
50 Por isso, ó Senhor, louvar-te-ei entre as nações, e entoarei louvores ao teu nome.
51 Ele dá grande livramento a seu rei, e usa de benignidade para com o seu ungido, para com Davi e a sua descendência para sempre.


Todos passamos por momentos difíceis. Crentes ou não, pessoas tidas como boas ou certinhas, ou até mesmo aquela pessoa que é considerada muito ruim socialmente. As dificuldades não escolhem raça, sexo, condição social, religiosa...

A questão que devemos encarar, diante dessa realidade, é a seguinte: se todos passam por dificuldades em algum momento, vamos pensar na razão que nos leva a viver as dificuldades ou vamos observar a melhor forma de encararmos as mesmas?

Muitos, principalmente no meio evangélico, preferem o caminhos dos Amigos de Jó. Querem encontrar causas, razões, motivos para o sofrimento. E, normalmente, chegam a conclusão que a pessoa fez algo errado e que merece mesmo passar pelo sofrimento ou, pelo menos, deve se arrepender para sair dele.

Concordo que há situações assim. Passamos por algumas dificuldades para nos depararmos com erros e, se quisermos, deixá-los, nos arependendo, buscando o caminho certo. Mas não posso dizer que isso acontece sempre! A própria história de Jó mostra que, algumas vezes, enfrentamos dificuldades para dar testemunho, para saber o que é passar por aquilo e ajudar outras pessoas, para mostrarmos nossa fidelidade ao desejo do Senhor. Não necessariamente enfrentamos dificuldades por termos cometido algum pecado!

Sendo assim, entendo que devemos, claro, avaliar nossa vida. Buscar discernimento no Senhor para sabermos o que está acontecendo, se devemos corrigir algo, obedecer Sua vontade. Muitas vezes não erramos porque agimos de forma errada, mas porque deixamos de agir da forma correta. O simples fato de não fazermos nada, quando a vontade do Senhor é que façamos algo (quando aceitamos o compromisso de realizar a vontade Dele, claro), já nos leva para o erro!

Mas, muito mais que buscar respostas para o sofrimento (já que algumas vezes não teremos respostas), precisamos observar qual será nossa atitude diante da crise, do problema. Como reagimos? Simplesmente nos abatendo diante da crise? Pode até acontecer o abatimento, mas não podemos ficar nisso. Ou quem sabe apenas reclamando... Será que resolve o problema apenas reclamar? Não!

No texto que citamos para que você leia no começo desta meditação, vemos Davi, um homem que enfrentou alguns problemas (como, por exemplo, duas tentativas de derrubá-lo do trono, uma mais definida, pois ele ainda estava no vigor do reinado e a segunda, no fim da vida, e ambas realizadas por filhos!). Mas sua atitude diante da crise, mesmo que abatido ou em crise, era reconher o Senhor. Vemos em muitos salmos que o problema não era negado! A crise era apresentada. Mas o lamento não prevalecia!

Quando só olhamos para o problema, corremos o risco de ficar com a visão limitada quanto a sua solução. Mas se olharmos para o problema (não negando a sua existência, mas enfrentando) e, além disso, olharmos a nossa volta, buscarmos no Senhor a força para a solução, veremos que o problema pode realmente ser grande, mas o que podemos esperar do Senhor ainda é maior! Pode ser que descubramos que o problema nem é tão grande! Na verdade, podemos até descobrir que o que pensamos ser um problema, na verdade pode ser a solução e nós estamos limitados à crise.

Olhe em volta! Enfrente o problema, quer ele seja grande ou pequeno. Se for necessário se acertar com Deus, deixar o caminho errado, em Jesus temos o perdão (1 João 2.1-2). Agora, se não existe essa necessidade, olhe para o problema mas olhe também ao redor. Pode ser que ele seja grande, mas ainda assim há solução! Afinal, nenhum problema pode ser maior que o próprio Deus que pode dar a solução! Mas pode ser que ele seja pequeno e a solução esteja bem próxima, basta você olhar ao redor, buscar em Deus. E pode ser que ele nem exista! O que parece ser um problema, pode ser a solução e você nem notou ainda!

Para complementar essa leitura, indico a meditação enviada em 20/01/06.

Não se limite ao problema. Não negue-o, mas busque a solução! O Senhor dará isso para você, se você O buscar!

 

Forte abraço.
Em Cristo,
Ricardo, pastor

Esta meditação foi enviada em 16/04/08 por e-mail.