Muitos entendem que o
"sentido do Natal" se perdeu no meio do consumismo e das festas, presentes,
comidas e bebidas...
Outros entendem que o Natal tem origem em uma celebração pagã e
que os cristãos nem devem comemorar...
A história não revela a data exata do nascimento de Jesus. E os
primeiros cristãos não guardaram nem passaram essa informação,
pelo que li até hoje.
E a história revela que foi o Imperador Romano Constantino que,
depois de sua conversão ao cristianismo (que muitos questionam
se não foi apenas uma conveniência política, pois a perseguição
aos cristãos já durava muitos anos e não havia resultado e
Constantino teria assumido na prática o pensamento "se não pode
vencê-los, junte-se a eles", e alguns até pensam que ele teria
feito isso para tentar minar por dentro o cristianismo), assumiu
que o verdadeiro "Sol Invictus", uma espécie de divindade que ele adorava,
era Jesus. E a data em que faziam a celebração do
"Sol Invictus" passou a ser a data de celebração do nascimento
de Jesus, já que não havia a data exata.
Isso é apenas um resumo e você pode encontrar mais detalhes
sobre tudo isso se fizer uma pesquisa, claro!
Assim... qual é o sentido do Natal? Originalmente falando?
Os primeiros cristãos se preocupavam em celebrar a vida que
tinham em Jesus. Lembravam que ele nasceu para cumprir as
profecias, mas o foco estava em Sua vida, morte e ressurreição!
A celebração do natalício de Jesus parece ser mesmo posterior ao
evento "conversão" do Imperador Constantino.
E a ideia de comidas, bebidas e presentes, o chamado consumismo,
faz parte da origem dessa ideia? Talvez a comida, bebida e a
festa, mas não sei exatamente quando os presentes começam a ser
trocados nessa data, pois se pensarmos bem, essa ideia dos
presentes poderia fazer parecer que o Reis Magos que visitaram
Jesus chegaram ainda no dia do Seu nascimento e até mesmo a
tradição defende que teria sido "alguns dias" depois, sendo que
alguns cravam o dia "6 de janeiro", tendo como base o dia 25 de
dezembro para o nascimento. E se lermos o Evangelho de Mateus
(capítulos 1 e 2), podemos entender que foi até mais tempo que
apenas "alguns dias"...
Sinceramente... Não vejo problemas nas festas, comidas e
reuniões de família. De alguma forma, com acertos ou erros, as
pessoas acabam guardando, ainda que de forma muito íntima, a
ideia do nascimento de Jesus. Mesmo que seja para dizer que não
aconteceu, ainda assim, as pessoas vão lembrar do evento. E nós
devemos anunciar que Ele veio, habitou entre nós, viveu, cumpriu
a vontade do Pai e Nele temos vida! E não apenas nessa data. Não
devemos ter a preocupação com o "sentido do Natal" em sua
origem, se foi mudado ou perdido, mas devemos, a cada dia,
anunciar a verdade desse Natalício! E mais que isso: que em
Jesus temos vida, e vida em abundância!
Não vejo problema com a troca de presentes. Que não façamos por
imposição social, mas porque realmente temos alegria em nos
confraternizar, estar com as pessoas queridas e amadas. Tenho
minhas reservas com as "ilusões" que se criam para as crianças,
mas isso não é o ponto desta mensagem. Entendo que precisamos
meditar na ideia de ilusões com muito cuidado, mais que nos
preocuparmos com a origem da data. Precisamos pensar se não
estamos "coando o mosquito e engolindo o camelo" (Mateus 23)...
A questão não é a origem pagã ou não da comemoração... A questão
não é ter "perdido" o sentido do Natal com consumismo nos
presentes ou celebrações... Ou ainda mudado o sentido do Natal
com as ilusões aceitas nesta época...
A questão é que nós devemos, a todo momento, lembrar que Jesus
nasceu, cumpriu a vontade do Pai, viveu, morreu e ressuscitou! E
agora, aguardamos Sua volta, para qualquer momento, que não está
marcado em nenhuma agenda humana, mas apenas na Agenda do
Senhor.
Não acho que vale a pena "brigar" por conta da origem pagã,
porque pouco importa o dia e como começou a ser celebrado nesse
dia! O que importa é que o evento aconteceu e devemos, todos os
dias, lembrar dele!
Não acho que devemos "brigar" por conta da perda do "sentido do
Natal". Que possamos comer, trocar presentes e celebrar, sem
deixar de dar testemunho da Vida que temos em Jesus, e não
apenas no dia 25 de dezembro, mas em todos os dias que vivermos.
Não adianta apenas resgatar algum sentido no Natal se nos outros
dias não houver em nós a certeza que vivemos no Senhor!
Assim, que possamos, mais que nos preocupar com o sentido do
Natal ou com sua origem, ter em mente que Jesus veio sim, viveu,
morreu e ressuscitou. E que aguardamos Sua volta! Não apenas no
dia 25 de dezembro, ou na Páscoa... Mas em todos os dias, até a
consumação dos séculos!
Forte abraço.
Em Cristo,
Ricardo, pastor
Esta meditação foi enviada em
21/12/12 por e-mail. |