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A murmuração quase sempre descamba numa reclamação contra Deus.
Revela o baixo nível da espiritualidade do murmurador, sua falta
de gratidão, sua falta de respeito, sua falta de sabedoria, sua
falta de fé. A murmuração é própria para falar mal de Deus: “Ele
não é o que diz ser, não faz o que promete fazer, não ama como
diz que ama.”
O desabafo diante de Deus é muito diferente. É uma exposição
respeitosa na presença de Deus da tristeza interior, dos abalos
emocionais, da confusão momentânea, dos acontecimentos
desagradáveis, da pressão provocada por algum incômodo, do
aperto pelo qual se passa, de algum drama pessoal, de alguma
tragédia vinda de surpresa, de algum sofrimento atroz, de alguma
dor aparentemente insuportável, de alguma carência prolongada
tanto do calor humano como de bens de sobrevivência.
O que motiva o desabafo é a proximidade de Deus, a intimidade
com Ele, a certeza de sua soberania, de sua grandeza, de seus
acertos, de seus recursos, de seu amor, de sua providência. No
desabafo o homem não enfrenta Deus, não lhe diz desaforos, não
briga com Ele, não reclama dele, não o coloca no banco dos réus,
não lhe cobra. Apenas expõe, põe para fora, derrama toda dor
conhecida, sem rodeios, com franqueza, com transparência, na
esperança de descansar em Deus, na esperança de ser aliviado, na
esperança de ser reabastecido, na esperança de manter e
reabastecer sua fé.
Assim posto, querido amigo, troque a murmuração pelo desabafo.
Forte abraço.
Em Cristo,
Ricardo, pastor Esta meditação foi enviada em
28/09/12 por e-mail. |