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vidanet.org.br
Certa noite, há poucos dias, fui com um amigo à banca de
jornais. Ele comprou o jornal, agradecendo cortesmente ao
jornaleiro. Este, nem se abalou.
“Camarada mal educado, não é?”, comentei.
“Ah, ele é sempre assim!”, respondeu meu amigo.
“Nesse caso, por que continua sendo delicado com ele?”,
indaguei.
“Por que não?”, perguntou meu amigo por sua vez, concluindo:
“Por que iria eu deixar que ele decidisse como eu devo agir?”
Pensando mais tarde nesse incidente, ocorreu-me que a palavra
importante era “agir”. Meu amigo age com relação aos outros;
quase todos nós reagimos.
Ele tem senso de equilíbrio interior que falta à maioria das
pessoas; ele sabe como é, o que é, como deve proceder, tem
convicções próprias. Recusa-se a retribuir incivilidade com
incivilidade, porque assim já não seria senhor de sua própria
conduta.
Quando a Bíblia nos recomenda que paguemos o mal com o bem,
consideramos isso uma injunção moral, o que é verdade. Mas é
também uma receita psicológica para nossa saúde emocional.
Ninguém é mais infeliz que aquele que apenas reage. Seu centro
de gravidade emocional não tem raízes em si mesmo, como deve
ser, mas no mundo fora dele. Sua temperatura espiritual está
sempre sendo elevada ou abaixada pelo clima social que o cerca,
e ele é uma simples criatura à mercê desses elementos. O elogio
lhe dá uma sensação de euforia, que é falsa porque não provém de
auto-aprovação. As críticas o deprimem mais do que devem, porque
confirmam sua própria opinião insegura de si mesmo. As caras
feias que lhe fazem ferem-no e a mais leve suspeita de antipatia
o faz amargurar-se.
A serenidade de espírito não poderá ser atingida enquanto não
nos tornamos senhores de nossas próprias ações e atitudes.
Deixar que os outros determinem se devemos ser rudes ou
corteses, se devemos exultar ou ficar deprimidos, é abrir mão do
controle sobre nossa própria personalidade, que, afinal, é tudo
quanto possuímos.
Parece difícil? Peça a ajuda de Deus:
“Se alguém tem falta de sabedoria, peça a Deus, ele dará
porque é generoso e dá com bondade a todos” - Tiago 1.5
Forte abraço.
Em Cristo,
Ricardo, pastor
Esta meditação foi enviada em
08/06/12 por e-mail. |