Do site:
ilustrar.com.br
Havia em um certo jardim uma abelha que vivia se deliciando do
néctar das flores. Todas as manhãs ela saia de sua colmeia e
voava por entre as flores, alegre e feliz. Aquele jardim era
somente seu. As outras abelhas ficavam perto da colmeia. Ela
não. Todos os dias voava longe, até chegar no seu paraíso, onde
podia escolher livremente a flor que lhe serviria de banquete.
Mas certo dia, ela notou algo diferente. Foi em uma flor e não
encontrou o precioso néctar. Foi na outra, e também havia sido
sugada. Então, ela pensou: - Será que minhas companheiras
encontraram meu paraíso?
Enquanto pensava nisso, foi surpreendida por uma visão que a
deixou atordoada. Perto dela, a poucos metros da flor onde
estava, havia um beija-flor, sugando o néctar de uma linda rosa
vermelha. Furiosa, a abelha voou até ele e, com o ferrão pronto
para atacar, disse:
- Quem deu permissão para você vir mexer nas minhas flores? Não
sabe que este jardim é meu?
Espantado, o beija-flor olhou para a abelha e disse:
- Bom dia, dona abelha!
- Que bom dia, nada - Disse furiosa a abelha. - Quem deu
permissão para você vir aqui sugar as minhas flores?
- Eu não sabia que elas eram suas. Pelo contrário, pensei que
elas fossem do Criador.
- Elas são minhas, sim. Eu as encontrei primeiro. Não vou
dividir com ninguém. Eu venho de longe todos os dias para sugar
o néctar de cada uma delas. Conheço todas, desde que eram ainda
pequenas. Você não tem direito de invadir meu jardim.
- Mas existem tantas flores aqui. E, afinal de contas, o Criador
disse que temos que repartir o que temos com os outros....
- Mas eu não reparto nada com ninguém. Elas são minhas e pronto.
Nesta hora, a abelha foi surpreendida por um pardal, que com
muita fome, resolveu arriscar sua sorte, tentando devorar a
abelha. Quando ela o viu, voou feito louca por entre as flores,
seguida de perto pela ave esfomeada.
Já cansada e vendo que iria se tornar um banquete para o pardal,
ela olha para o beija-flor e implora ajuda. O beija-flor, então,
voa na direção do pardal, conversa com ele, que logo voa para
longe. Ainda assustada, a abelha pergunta para o beija-flor:
- O que você disse para ele que fez com que ele fosse embora tão
rápido?
- Eu lhe disse que ali na frente, não muito longe daqui, há uma
casa com um lindo jardim. Nele existem muitas flores, tão
bonitas como estas. Disse-lhe também que todas as manhãs, por
volta desta hora, o jardineiro joga muita comida para os
pássaros. E ai eu lhe perguntei se ele não preferiria ir lá para
se deliciar ao invés de ficar aqui, onde há apenas uma pequena e
solitária abelha como alimento.
Vendo que sua vida fora salva pelo beija flor, a abelha disse,
um tanto quanto comovida:
- Perdoe-me pelo meu egoísmo. Pode vir sempre que quiser colher
o néctar destas flores. Afinal, elas são tantas e eu não dou
conta de todas.
Assim, os dois se tornaram grandes amigos e, todas as manhãs,
antes de iniciarem seu banquete, conversavam um pouco sobre tudo
aquilo que o Criador havia lhes dado.
Quando deixamos de ser egoístas conquistamos grandes amigos e
descobrimos que aquilo que o Criador nos deu pode ser o caminho
para a conquista de grandes amizades.Forte abraço.
Em Cristo,
Ricardo, pastor
Esta meditação foi enviada em
10/02/12 por e-mail. |