Atos dos Apóstolos 21.17-26
17 E
chegando nós a Jerusalém, os irmãos nos receberam alegremente.
18 No dia seguinte, Paulo foi em nossa companhia ter com Tiago
e compareceram todos os anciãos.
19 E, havendo-os saudado, contou-lhes uma por uma as coisas
que por seu ministério Deus fizera entre os gentios.
20 Ouvindo eles isto, glorificaram a Deus e disseram-lhe: Bem
vês, irmãos, quantos milhares há entre os judeus que têm
crido, e todos são zelosos da lei.
21 Fomos informados a teu respeito que ensinas todos os judeus
que estão entre os gentios a se apartarem de Moisés, dizendo
que não circuncidem seus filhos, nem andem segundo os costumes
da lei.
22 Que se há de fazer, pois? Certamente saberão que és
chegado.
23 Faze, pois, o que te vamos dizer: Temos quatro homens que
fizeram voto;
24 toma estes contigo, santifica-te com eles e faze por eles
as despesas para que rapem a cabeça; e saberão todos que é
falso aquilo de que têm sido informados a teu respeito, mas
que também tu mesmo andas corretamente, guardando a lei.
25 Todavia, quanto aos gentios que têm crido já escrevemos,
dando o parecer que se abstenham do que é sacrificado aos
ídolos, do sangue, do sufocado e da prostituição.
26 Então, Paulo, no dia seguinte, tomando consigo aqueles
homens, purificou-se com eles e entrou no templo, notificando
o cumprimento dos dias da purificação, quando seria feita a
favor de cada um deles a respectiva oferta.
Em uma das meditações
ateriores, escrevemos sobre a realidade do Cristianismo ainda
ser algo inicial nos dias de Atos dos Apóstolos, muitas vezes
até confundido com o próprio Judaísmo. Parecia haver o
entendimento incialmente que não se faria necessária uma
separação, mas uma ampliação: os judeus seguiriam os ritos do
Judaísmo, sem descuidar dos novos ensinamentos e os gentios
poderiam se achegar à Fé, sem necessariamente seguir todos os
ritos Judaicos. No versículo 25 encontramos a ressalva de
observação até mesmo para os gentios.
Com o tempo as duas formas de fé acabaram se afastando, quer
por questões de brigas religiosas, com menos tolerância ao que
se observar ou deixar de observar, ou até mesmo por questão
política, já que os Cristãos acabam perseguidos (Judeus ou
gentios) e os Judeus enfrentam isso de outra forma, em outros
momentos.
Mas a chegada de Paulo em Jerusalém é envolta no Testemunho:
tanto do que tinha sido feito entre gentios como entre Judeus.
Mas alguns queriam dizer, por conta do ministério de Paulo
mais difundido entre os gentios, que Paulo teria deixado de
lado o Judaísmo. Por isso é solicitado a ele mais um
testemunho: confirmar que o testemunho do trabalho entre os
gentios não tinha afastado a ele das observações que os Judeus
deveriam continuar seguindo. E Paulo mais uma vez dá
testemunho. Mostrando para nós que, mesmo que não seja
necessário, se for algo para dar testemunho do cuidado do
Senhor e de sua fé, devemos observar. Não devemos fazer aquilo
que é notadamente errado! Mas aquilo que não tem erro, mesmo
que não seja algo necessário, se for para testemunhar, devemos
observar e fazer o Nome do Senhor mais conhecido. No caso de
Paulo, por ser judeu e estar debaixo do que foi entendido, ele
deveria fazer, claro. Mas, ainda que não fosse necessário, se
não havia erro, poderia ser feito, desde que para testemunho.
Que possamos, fugindo daquilo que é errado, dar sempre
testemunho do Senhor, mesmo que seja fazendo o que não é
necessário. Claro que sempre tomando cuidado com o que é
errado. A ideia é dar testemunho sempre e para isso, devemos
ir na direção do que é certo!
Forte abraço.
Em Cristo,
Ricardo, pastor
Esta meditação foi enviada em
31/01/12 por e-mail. |