Pouco é registrado das palavras específicas
com que Jesus orou. Podemos aprender muito simplesmente
observando quando, onde e por quê Jesus orou.
1. Onde Jesus orou? Claro que não podemos dizer que
Jesus orou apenas em lugares específicos, mas é claro no texto
Bíblico que Ele frequentemente procurou um lugar e uma hora
livre e sem interrupções para falar com seu Pai em oração. Ele
subia a montes, ou saia para um jardim, e tipicamente escolhia
a noite ou o amanhecer, quando haveria menos chances de
interrupções, quer por conta de outros afazeres, quer por
conta da procura das pessoas.
2. Quando Jesus orou? Ele orou em horas de grandes
provações, tais como Getsêmani, poucas horas antes de sua
morte. Ele orou momentos antes de grandes decisões.
Lucas 6.12-16 conta o dia em que Jesus escolheu os
doze discípulos. Note o que Ele fez antes de selecioná-los;
"Retirou-se para o monte, a fim de orar, e passou a noite
orando a Deus" (Lucas 6.12). Ele orou antes de
grandes obras. Quando Jesus se preparou para ressuscitar
Lázaro dentre os mortos, ele primeiro se dirigiu ao seu Pai,
em oração (João 11.41-43). Ele orou quando sua
obra terminou (João 17.4).
3. Por que Jesus orou? As circunstâncias das orações de
Jesus sugerem motivos imediatos para oração: tentações,
provações, tristeza, momentos decisivos, etc., quer dizer,
muitas vezes coisas do seu dia a dia e não apenas grandes
feitos. Mas estes são realmente apenas o reflexo de uma razão
maior pela qual Jesus orou. Jesus valorizava sua comunhão com
o Pai. Como alguém que entendia melhor do que qualquer outro
homem jamais entendeu o privilégio de andar com Deus, Jesus
queria manter essa íntima relação com seu Pai. Tendo a escolha
entre multidões de homens e seu Pai, Jesus frequentemente
escolheu a companhia de Deus. Quando tinha que escolher entre
o sono e a oração, disse muitas vezes não ao descanso físico,
para uma conversa espiritual com seu Pai.
Vemos nesses e em outros momentos da vida de Jesus aspectos
que nos ensinam algumas lições muito valiosas sobre o
privilégio de sermos chamados filhos de Deus e a necessidade
que temos como filhos de falarmos com nosso Pai.
Na próxima semana, permitindo o Senhor, veremos o que os
discípulos aprenderam com aquela convivência especial com
Jesus e o que nos é ensinado para praticarmos hoje, encerrando
mais um texto. Forte abraço.
Em Cristo,
Ricardo, pastor
Esta meditação foi enviada em
04/04/11 por e-mail. |