Hoje vamos observar a oração comunitária.
Quando a igreja se reúne, a oração individual (que pode
acontecer em alguns momentos do culto) deve dar lugar para a
oração comunitária, uma oração feita em concordância por seu
povo. Quando estamos juntos, a nossa busca é pela unidade,
pelo comum, pelo que no faz ser comunidade (comum + unidade –
família da fé) e isto deve ser refletido também nas nossas
orações.
Atos 4
1 E, ESTANDO eles falando ao povo, sobrevieram os sacerdotes,
e o capitão do templo, e os saduceus,
2 Doendo-se muito de que ensinassem o povo, e anunciassem em
Jesus a ressurreição dentre os mortos.
3 E lançaram mão deles, e os encerraram na prisão até ao dia
seguinte, pois já era tarde.
4 Muitos, porém, dos que ouviram a palavra creram, e chegou o
número desses homens a quase cinco mil.
5 E aconteceu, no dia seguinte, reunirem-se em Jerusalém os
seus principais, os anciãos, os escribas,
6 E Anás, o sumo sacerdote, e Caifás, e João, e Alexandre, e
todos quantos havia da linhagem do sumo sacerdote.
7 E, pondo-os no meio, perguntaram: Com que poder ou em nome
de quem fizestes isto?
8 Então Pedro, cheio do Espírito Santo, lhes disse: Principais
do povo, e vós, anciãos de Israel,
9 Visto que hoje somos interrogados acerca do benefício feito
a um homem enfermo, e do modo como foi curado,
10 Seja conhecido de vós todos, e de todo o povo de Israel,
que em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, aquele a quem vós
crucificastes e a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, em
nome desse é que este está são diante de vós.
11 Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a
qual foi posta por cabeça de esquina.
12 E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu
nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos
ser salvos.
13 Então eles, vendo a ousadia de Pedro e João, e informados
de que eram homens sem letras e indoutos, maravilharam-se e
reconheceram que eles haviam estado com Jesus.
14 E, vendo estar com eles o homem que fora curado, nada
tinham que dizer em contrário.
15 Todavia, mandando-os sair fora do conselho, conferenciaram
entre si,
16 Dizendo: Que havemos de fazer a estes homens? porque a
todos os que habitam em Jerusalém é manifesto que por eles foi
feito um sinal notório, e não o podemos negar;
17 Mas, para que não se divulgue mais entre o povo,
ameacemo-los para que não falem mais nesse nome a homem algum.
18 E, chamando-os, disseram-lhes que absolutamente não
falassem, nem ensinassem, no nome de Jesus.
19 Respondendo, porém, Pedro e João, lhes disseram: Julgai vós
se é justo, diante de Deus, ouvir-vos antes a vós do que a
Deus;
20 Porque não podemos deixar de falar do que temos visto e
ouvido.
21 Mas eles ainda os ameaçaram mais e, não achando motivo para
os castigar, deixaram-nos ir, por causa do povo; porque todos
glorificavam a Deus pelo que acontecera;
22 Pois tinha mais de quarenta anos o homem em quem se operara
aquele milagre de saúde.
23 E, soltos eles, foram para os seus, e contaram tudo o que
lhes disseram os principais dos sacerdotes e os anciãos.
24 E, ouvindo eles isto, unânimes levantaram a voz a Deus, e
disseram: Senhor, tu és o Deus que fizeste o céu, e a terra, e
o mar e tudo o que neles há;
25 Que disseste pela boca de Davi, teu servo: Por que bramaram
os gentios, e os povos pensaram coisas vãs?
26 Levantaram-se os reis da terra,E os príncipes se ajuntaram
à uma,Contra o Senhor e contra o seu Ungido.
27 Porque verdadeiramente contra o teu Santo Filho Jesus, que
tu ungiste, se ajuntaram, não só Herodes, mas Pôncio Pilatos,
com os gentios e os povos de Israel;
28 Para fazerem tudo o que a tua mão e o teu conselho tinham
anteriormente determinado que se havia de fazer.
29 Agora, pois, ó Senhor, olha para as suas ameaças, e concede
aos teus servos que falem com toda a ousadia a tua palavra;
30 Enquanto estendes a tua mão para curar, e para que se façam
sinais e prodígios pelo nome de teu santo Filho Jesus.
31 E, tendo orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e
todos foram cheios do Espírito Santo, e anunciavam com ousadia
a palavra de Deus.
32 E era um o coração e a alma da multidão dos que criam, e
ninguém dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria,
mas todas as coisas lhes eram comuns.
33 E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da
ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante
graça.
34 Não havia, pois, entre eles necessitado algum; porque todos
os que possuíam herdades ou casas, vendendo-as, traziam o
preço do que fora vendido, e o depositavam aos pés dos
apóstolos.
35 E repartia-se a cada um, segundo a necessidade que cada um
tinha.
36 Então José, cognominado pelos apóstolos, Barnabé (que,
traduzido, é Filho da consolação), levita, natural de Chipre,
37 Possuindo uma herdade, vendeu-a, e trouxe o preço, e o
depositou aos pés dos apóstolos.
Damos ênfase nos versículos 23-31. Se quiser, leia essa parte
novamente!
A situação era de perseguição. Vemos Pedro e João sendo
proibidos de pregar o evangelho pela liderança dos Judeus. Uma
vez soltos e expulsos do sinédrio, eles procuraram a reunião
de oração da igreja de Jerusalém. Contaram o ocorrido e a
igreja, sabiamente, decidiu orar.
O que pediram? Livramento? Punição para os líderes que
perseguiam o evangelho? Poder para fazer calar os
perseguidores?
Não! Na oração da igreja encontramos submissão e
reconhecimento que Jesus Cristo é Deus e soberano Senhor.
Adoração a Deus e por fim um pedido: "Senhor, dá-nos coragem
para continuarmos falando do evangelho".
Isso não quer dizer que devemos deixar de lado outros pedidos
em nossas orações! Mas o texto nos mostra que muito mais do
que pedir para a solução de nossas inquietações, devemos dar
glória ao Senhor da Vida e da História, que sabe o que está
fazendo! Adorar a esse Senhor por Sua sabedoria, Louvar ao
Senhor por Seu cuidado e buscar forças para realizar a vontade
do Senhor. Muitas vezes clamamos para que o Senhor faça o que
entendemos ser o melhor. Não está errado! Mas nunca devemos
esperar que seja feito do jeito do nosso desejo. Se for o
desejo do Senhor, será feito. Por isso, devemos clamar por
forças para aceitar e realizar a vontade do Senhor, mesmo que
seja contrária a nossa!
Atos 13.1-4
1 E NA igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e
doutores, a saber: Barnabé e Simeão chamado Níger, e Lúcio,
cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes o tetrarca, e
Saulo.
2 E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito
Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os
tenho chamado.
3 Então, jejuando e orando, e pondo sobre eles as mãos, os
despediram.
4 E assim estes, enviados pelo Espírito Santo, desceram a
Selêucia e dali navegaram para Chipre.
Podemos ler mais do que esta parte. Mas aqui é o início de um
momento específico na vida da comunidade cristã daqueles dias.
A igreja de Antioquia estava para mandar dois servos para a
primeira empreitada missionária.
O que fizeram? Decidiram Jejuar e Orar. Os crentes dali
estavam intercedendo pelas vidas daqueles que levariam o
Evangelho para longe. Os crentes dali estavam intercedendo
pelas vidas daqueles que por Deus foram chamados para as
missões. A igreja concordou em pedir a Deus bênçãos e poder
sobre Paulo e Barnabé.
O que podemos ler mais para frente desse texto é que o
resultado foi estrondoso. Muitos creram no evangelho, e novas
igrejas foram fundadas. Lembre-se, no começo dos projetos, nas
crises e dificuldades, a oração coletiva da igreja tem papel
importante.
A oração da igreja reflete um dos maiores instrumentos que
Deus concedeu a seus filhos. Contudo esta abençoada prática é
colocada diante de nós também com o propósito de exercitarmos
a nossa fé e aumentarmos a nossa comunhão.
Encerramos esse texto na próxima semana, permitindo o Senhor! Forte abraço.
Em Cristo,
Ricardo, pastor
Esta meditação foi enviada em
07/03/11 por e-mail. |