Coletânea de Ilustrações, Natanael de Barros Almeida,
Edições Vida Nova
"Esquadrinhemos os nossos caminhos,
provemo-los, e voltemos para o Senhor" (Lm 3.40).
Na Guatemala, a tribo de índios kekchi tem uma boa palavra para
arrependimento, cujo sentido é: "dói meu coração". Distante
dali, no interior da África, a tribo baouli tem um vocábulo
talvez ainda melhor; o termo que usam quer dizer: "dói tanto que
quero desistir disso".
Esta é a experiência que o Senhor desejava para Seus filhos
relapsos, quando disse: "Esquadrinhemos os nossos caminhos,
provemo-los, e voltemos para o Senhor". Trata-se aí de uma obra
pessoal de avivamento. "Esquadrinhemos", insta Ele, "os nossos
caminhos". Não me compete esmiuçar e criticar a vida de meu
próximo. Devo voltar o farol da Palavra de Deus para dentro de
mim, e esquadrinhar meus caminhos. Está muito certo preferir os
outros em honra, no decorrer normal de nossa vida, mas quando se
trata de endireitar nossa situação para com Deus, somos
advertidos a começar em nós mesmos.
Ao nos esquadrinharmos, podemos descobrir muita coisa que careça
de ajuste. Lá na África existe uma interessante palavra tribal
que descreve o que acontece ao coração de uma pessoa que se
arrepende. Dizem eles: "torna-se destorcido". Isto é justamente
o que Deus deseja: destorcer todas as coisas torcidas,
endireitar tudo o que está torto!
Pode haver alguma dor nesse processo de destorção. Deus permite
que doa o suficiente para desejarmos "desistir disso" e voltar
"para o Senhor". E isto que os índios chol, do sul do México
querem dizer, quando descrevem o arrependimento como "o coração
volta atrás".
"Os mundanos talvez considerem esse choro uma fraqueza; mas é a
força que liga o penitente ao Infinito com laços que se não
podem romper" ("O Desejado de Todas as Nações", p. 221).
"Esquadrinhemos os nossos caminhos, provemo-los, e voltemos para
o Senhor."
Forte abraço.
Em Cristo,
Ricardo, pastor
Esta meditação foi enviada em
07/01/11 por e-mail. |