Atos dos Apóstolos 16.1-5
1 Chegou
também a Derbe e Listra. E eis que estava ali certo discípulo
por nome Timóteo, filho de uma judia crente, mas de pai grego;
2 do qual davam bom testemunho os irmãos em Listra e Icônio.
3 Paulo quis que este fosse com ele e, tomando-o, o
circuncidou por causa dos judeus que estavam naqueles lugares;
porque todos sabiam que seu pai era grego.
4 Quando iam passando pelas cidades, entregavam aos irmãos,
para serem observadas, as decisões que haviam sido tomadas
pelos apóstolos e anciãos em Jerusalém.
5 Assim, as igrejas eram confirmadas na fé e dia a dia
cresciam em número.
Paulo segue em suas viagens, levando a mensagem do Evangelho ,
fortalecendo as comunidades já formadas e anunciando a decisão
dos apóstolos e anciãos em Jerusalém - que os novos
convertidos, gentios, não precisavam necessariamente seguir as
regras do judaísmo.
No caminho, ele encontra Timóteo. Irá com ele por um tempo,
sendo preparado para o seu trabalho logo. Mas ele era filho de
mulher judia e homem grego. Tinha em seu sangue a questão do
judaísmo por conta de sua mãe. Ele não era gentio
completamente! Logo, para evitar problemas entre os judeus,
Paulo procede com sua circuncisão. O que mais uma vez mostra
que seguir os ritos judaicos não era errado, apenas não era
necessário aos novos convertidos, vindos do mundo gentio. Mas,
como Timóteo tinha mãe judia, para evitar reclamações e
escândalos, Paulo, que seguia dando conhecimento da decisão de
que não era necessário aos novos convertidos, gentios, seguir
os ritos judaicos, preferiu realizar a circuncisão.
E seguiram no seu trabalho. Anunciando, fortalecendo,
pregando. Há coisas que não precisamos fazer em nossa
caminhada. Afinal, somos chamados para a liberdade em Cristo.
Mas há o que é errado, e não vamos fazer mesmo! E há o que não
é errado, mesmo que não façamos, não há erro naquela atitude.
Preferimos não fazer, mas se houver alguma situação em que
seja importante para testemunho, podemos fazer, pois não é
errado. Numa escola de missões, entendo, é preciso ensinar a
questão de costumes locais, quando se trata de missões
transculturais. Há coisas que serão deixadas de lado pelo
missionário, por ser errado e para dar testemunho. Mas há o
que não é exatamente errado e, mesmo que o missionário não
faça, será importante ele assumir para "se misturar" com o
povo. Fazer-se de grego para os gregos é isso. Não passar a
ser grego, mas, ainda que por um tempo, assumir ao menos os
traços culturais que não são considerados errados diante da
Palavra de Deus, mesmo que não praticados constantemente. Que
possamos discernir essas coisas e usar de todas as formas
possíveis para realmente evangelizar!
Forte abraço.
Em Cristo,
Ricardo, pastor
Esta meditação foi enviada em
04/01/11 por e-mail. |