Somos chamados para o equilíbrio

22/12/2010

 

2 João

1 O presbítero à senhora eleita e a seus filhos, aos quais eu amo em verdade, e não somente eu, mas também todos os que conhecem a verdade,
2 por causa da verdade que permanece em nós, e para sempre estará conosco:
3 Graça, misericórdia, paz, da parte de Deus Pai e da parte de Jesus Cristo, o Filho do Pai, serão conosco em verdade e amor.
4 Muito me alegro por ter achado alguns de teus filhos andando na verdade, assim como recebemos mandamento do Pai.
5 E agora, senhora, rogo-te, não como te escrevendo um novo mandamento, mas aquele mesmo que desde o princípio tivemos: que nos amemos uns aos outros.
6 E o amor é este: que andemos segundo os seus mandamentos. Este é o mandamento, como já desde o princípio ouvistes, para que nele andeis.
7 Porque já muitos enganadores saíram pelo mundo, os quais não confessam que Jesus Cristo veio em carne. Tal é o enganador e o anticristo.
8 Olhai por vós mesmos, para que não percais o fruto do nosso trabalho, antes recebais plena recompensa.
9 Todo aquele que vai além do ensino de Cristo e não permanece nele, não tem a Deus; quem permanece neste ensino, esse tem tanto ao Pai como ao Filho.
10 Se alguém vem ter convosco, e não traz este ensino, não o recebais em casa, nem tampouco o saudeis.
11 Porque quem o saúda participa de suas más obras.
12 Embora tenha eu muitas coisas para vos escrever, não o quis fazer com papel e tinta; mas espero visitar-vos e falar face a face, para que o nosso gozo seja completo.
13 Saúdam-te os filhos de tua irmã, a eleita.
 

2 João é uma carta que apresenta preocupação entre a relação da verdade cristã com a hospitalidade estendida àqueles mestres que viajam de igreja em igreja e precisam ser recebidos. O problema é que normalmente se abusava de tal hospitalidade. Os falsos mestres, provavelmente do mesmo grupo que é tratado em 1 João, estavam confundindo a comunhão dos crentes. Portanto, João deu instruções sobre quais mestres itinerantes acolher e quais recusar. Os verdadeiros Cristãos, que podiam ser reconhecidos pela integridade de sua mensagem (v.10), são dignos de ajuda; mas os mestres heréticos, especialmente aqueles que negavam a encarnação (v.7 - gnósticos daqueles dias ou ao menos o início de tal movimento), deviam ser rejeitados.

João estimula a “senhora eleita” (possivelmente uma mulher cristã que abrigou em sua casa uma igreja, um local de reunião de crentes) a continuar mostrando hospitalidade, mas também a adverte contra o abuso da comunhão cristã. Por toda a carta, o autor ressalta a verdade como a base e prova da comunhão. Em especial, ele insiste em uma crença correta levando em consideração a encarnação de Cristo, e acusa aqueles que rejeitam essa realidade de terem ido além da doutrina de Cristo (v.9). Ele incita os leitores a ficarem perto de Cristo, mantendo-se fiéis na verdade. Assim, buscando tal equilíbrio entre a verdade do Evangelho e a comunhão entre os irmãos, o acolhimento e o apoio que precisa ser dado, devemos trilhar nossa jornada cristã.

Forte abraço.
Em Cristo,
Ricardo, pastor

Esta meditação foi enviada em 22/12/10 por e-mail.