121 Tenho praticado a retidão e a justiça;
não me abandones aos meus opressores.
122 Fica por fiador do teu servo para o bem; não me oprimam os
soberbos.
123 Os meus olhos desfalecem à espera da tua salvação e da
promessa da tua justiça.
124 Trata com o teu servo segundo a tua benignidade, e ensina-me
os teus estatutos.
125 Sou teu servo; dá-me entendimento, para que eu conheça os
teus testemunhos.
126 É tempo de agires, ó Senhor, pois eles violaram a tua lei.
127 Pelo que amo os teus mandamentos mais do que o ouro, sim,
mais do que o ouro fino.
128 Por isso dirijo os meus passos por todos os teus preceitos,
e aborreço toda vereda de falsidade.
Este trecho refere-se a 16ª letra do alfabeto hebraico - ע
- "ayin".
O salmista tem convicção de sua fé e de sua posição diante da
mesma. Sabe no que acredita e tem certeza que vive de acordo com
o ensinamento da Lei. Logo, confia no Senhor para ser seu
"fiador para o bem", não permitindo que ele seja oprimido por
soberbos, ou aqueles que não se submetem ao entendimento da
vontade do Senhor. Sua convicção é tamanha que espera no Senhor
como fiador, como quem "pague sua dívida", se necessário, em seu
lugar. No caso, entendo, a "fiança" era a esperança na
espiritualidade, na eternidade e nós podemos apontar claramente
para o Fiador: Jesus!
Nossa esperança está em aguardar na benignidade do Senhor. Essa
é a medida que podemos e devemos esperar: Graça! Não há outra
expectativa que devemos ter diante das pessoas e/ou
circunstâncias. A graça do Senhor nos basta e cuida para que os
exageros não nos afundem dentro da tristeza. Como já escrevi
outras vezes, negar a tristeza é uma grande bobagem. Vivemos
momentos em que ela se abate e não há erro nisso! O erro é
exagerarmos esse momento (não é bem assim e queremos dizer que
é) ou nos entregarmos para a tristeza, deixando de lado a
confiança de que o Senhor pode agir e mudar a história. E não
adianta dizer que acredita, mas viver como se não acreditasse! A
tristeza é parte integrante desta vida, mas temos a certeza que
do Senhor vem o cuidado tanto durante esse tempo como para nos
dar nova direção, indo para longe dessa tristeza. Confiar na
benignidade do Senhor é saber que Ele cuida de nós em todo o
tempo! E viver como quem realmente acredita nisso.
O salmista vive isso e nos convida a viver da mesma forma.
Almejar a vontade do Senhor, conhecer e querer a manifestação do
Senhor mais até que qualquer bem desejável (no caso, a
comparação é com o ouro). A piedade vale muito mais para o
crente que qualquer tipo de ambição humana. Afinal, viver de
acordo com a vontade do Senhor nos leva a ter uma vida em
abundância e isso desde já! Mesmo no meio das dificuldades, não
permanecemos prostrados ou desesperançados! Do Senhor vem o
cuidado e podemos viver essa vida em abundância desde já, desde
agora. Mais que a ausência de problemas, temos a certeza do
cuidado do Senhor, qualquer que seja a situação. E podemos
confiar, sentindo no coração uma paz que não pode ser entendida
por quem não vive essa realidade. Ainda que no meio de problemas
e dificuldades, ainda que tristes, sentimos essa paz que está
além do entendimento humano e sabemos que o Senhor está cuidando
de tudo. Pode estar doendo, mas Ele cuida de tudo. E mais ainda:
confiamos para além dos dias que vivemos por aqui, confiamos
para a eternidade. Logo, essa busca e confiança nas coisas do
Senhor deve ser constante em nossa vida e como era para o
salmista, mais desejável que qualquer coisa desejável! Forte abraço.
Em Cristo,
Ricardo, pastor Esta meditação foi enviada em
11/02/10 por e-mail. |