Atos dos Apóstolos 2.1-4
1 Ao cumprir-se o dia
de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar.
2 De repente, veio do céu um ruído, como que de um vento
impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados.
3 E lhes apareceram umas línguas como que de fogo, que se
distribuíam e sobre cada um deles pousou uma.
4 Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar
noutras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem.
O Dia do Pentecostes era a Festa das Semanas
ou das Primícias, que ocorria sete semanas após a Páscoa
judaica. Era tempo de celebrar! E havia um grande número de
judeus reunidos para essa celebração. O fato de mencionar que
eles estavam "no mesmo lugar", pode ser interpretado como: 1) os
120 reunidos continuavam no cenáculo (1.13) ou 2) que eles
estavam reunidos todos em um mesmo lugar. O fato é que eles
continuavam obedientes a ordem de Jesus para que permanecessem
em Jerusalém até que fossem revestidos de poder.
A experiência de "línguas, como de fogo" mostra fisicamente um
milagre que, sabemos, ocorreu no coração, no íntimo de cada um.
Essa foi uma forma externa de mostrar que algo estava ocorrendo
entre eles. Sabemos que há uma relação entre o Espírito Santo e
o fogo por conta de outros textos, como, por exemplo, Mateus
3.11.
Nesse momento todos ficaram cheios do Espírito. Não foi um ou
outro, uma experiência isolada, mas coletiva. Era o nascimento
da Igreja, o início de uma comunidade, que já estava reunida,
mas que agora está selada com o Espírito Santo.
É uma experiência espiritual coletiva, onde todos podem sentir
essa diferença. O momento era fundante e agora iniciava uma nova
comunidade. Em nossos dias, muitas vezes vemos alguns
vivenciando experiências espirituais, mas toda a comunidade
precisa ser ao menos edificada ou exortada diante de tal
situação. A experiência espiritual no cristianismo não é para
ser simplesmente individual. É claro que nos aproximamos com
nossas crises e nossos anseios. Isso é pessoal! Mas a partir do
início de nossa caminhada, ainda que algo aconteça
individualmente, é para a edificação, cuidado e/ou exortação do
corpo todo! Assim, tal qual no dia de Pentecostes, as nossas
experiências comunitárias devem ser experiências do corpo, de
todos. Ainda que apenas alguns sintam algo diferente diretamente
(diferente do que houve no Pentecostes citado no texto, pois
todos sentiram mesmo), a experiência é para edificar a
comunidade como um todo! E assim, cada um de nós deve
testemunhar para os outros aquilo que temos vivido. Não apenas
pedir oração, mas compartilhar as respostas e as bênçãos. Assim,
com a comunidade fortalecida, todos podem sair e anunciar ao
mundo o cuidado do Senhor. Mas isso é para a próxima semana!
Forte abraço.
Em Cristo,
Ricardo, pastor Esta meditação foi enviada em
06/10/09 por e-mail. |