Data
A questão da data de Gálatas depende principalmente da correlação de 2.1-10 com as visitas de Paulo a Jerusalém registradas em Atos. Embora possamos identificar o capítulo 2 com a chegada da fome em Atos 11.30, são encontradas poucas dificuldades para relacionar a carta com os acontecimentos de Atos 15. Paulo provavelmente escreveu a carta por volta de 55 ou 56 d. C., quando estava na Macedônia ou em Corinto, em sua terceira viagem missionária.
Galácia
Gálatas é a única cara que Paulo endereçou especialmente a uma grupo de Igrejas. A Galácia não era uma cidade, mas uma região da Ásia Menor, que incluía várias cidades. Seu nome originou-se no Séc. III a. C., quando uma tribo de pessoas da Gália migrou para o local. No séc. I d. C. , o termo “Galácia” era usado geograficamente para indicar a região centro-norte da Ásia Menor, onde os gálios tinha se estabelecido. Politicamente, designava a província romana na parte centro-sul da Ásia Menor. Paulo enviou esta carta para as igrejas na província da Galácia, uma área que incluía as cidades de Antioquia, Icônia, Listra e Derbe.
A Carta
Paulo confirma sua autoria, mesmo que tenha pedido para outra pessoa escrever. Ele teria ditado a carta e, assim, a letra não seria a dele. Com isso, muitas cartas eram enviadas dando conta da autoria de um apóstolo (talvez até do próprio Paulo), mas que não eram suas, e ele se preocupa em, ao menos, assinar a carta (Gálatas 6.11), isso se não escreveu a carta toda! Gálatas contém divisões biográficas, doutrinárias e práticas de dois capítulos cada: Na primeira seção (caps. 1-2), Paulo defende sua autoridade apostólica. Na segunda seção, doutrinária, (caps 3-4), Paulo apresenta uma série de argumentos e ilustrações para provar a inferioridade da lei em relação ao evangelho e para estabelecer o verdadeiro propósito da Lei. Na terceira, aplicação prática da doutrina (caps. 5-6), Paulo exorta os gálatas pra usarem adequadamente sua habilidade cristã e para não abusarem da mesma. Ao invés de dar lugar ao pecado, o evangelho fornece meios para se obter a justiça que a Lei exige.
Esboço de Gálatas
I. Introdução 1.1-10
Saudação 1.1-5
Deserção dos gálatas 1.6-7
Denúncia contras os judaizantes 1.8-9
Declaração da integridade de Paulo 1.10
II. Biografia: Paulo defende sua autoridade 1.11-2.21
A fonte de sua autoridade 1.11-24
O reconhecimento de sua autoridade 2.1-10
A manifestação de sua autoridade 2.11-21
III. Doutrina: Paulo defende seu evangelho 3.1-4.31
Com discussão 3.1-4.11
Por apelo 4.12-20
Por alegoria 4.21-31
IV. Prática: Paulo exorta os gálatas 5.1-6.10
Para usar adequadamente sua liberdade cristã 5.1-15
Para caminhar através do Espírito 5.16-26
Para carregar os fardos dos outros 6.1-10
V. Conclusão 6.11-18
Advertência contra os legalistas 6.11-13
Centralidade da cruz 6.14-16
Marcas de um apóstolo 6.17
Bênção 6.18
Forte abraço.
Em Cristo,
Ricardo, pastor
Esta meditação foi enviada em 15/01/07 por e-mail. |