Comentário de livro Bíblico: Amós

04/09/2006

 

Louvado seja o nome do Senhor.

Com o início de mais uma semana, nos aproximamos mais do dia das eleições em nosso país. Como diria o comentarista político da Rede Globo no Bom dia Brasil, Alexandre Garcia, “votar nulo ou em branco, apesar de um direito, é fugir da responsabilidade de escolher. É dar a chance para quem tiver mais votos, de vencer, pois votos brancos e nulos não são votos válidos. Quem ganhar, vai ganhar com a maioria dos votos de quem tentou escolher. Devemos escolher o melhor candidato. E, apesar da triagem dos partidos ser sofrível, devemos escolher, pelo menos, o menos pior”.
 
Há uma notícia que circula pela internet há alguns anos que, segundo este mesmo comentarista que citei, é uma interpretação errada da lei eleitoral. Há quem pense que se 50% mais 1 dos votos for em branco ou nulo, o pleito eleitoral é cancelado e uma nova eleição deve acontecer, com outros candidatos. Mas, como escrevi, essa parece ser uma interpretação errada da lei, que diz que se 50% mais 1 das urnas apuradas estiver com defeito, houver impugnação dessas urnas, aí sim há novo pleito, mas com os mesmos candidatos, já que o problema se deu na apuração e não na eleição. Votar em branco ou nulo é realmente dar a chance de que alguém ganhe a eleição com a maioria dos votos válidos (sem contar brancos e nulos), mesmo que isso represente o mínimo do número de eleitores da Nação. Precisamos orar e realmente escolher entre os/as candidatos/as que se apresentam. E se não der pra escolher o melhor, pelo menos escolhamos o menos pior realmente.
 
Conversava com uma pessoa há poucos dias que me dizia estar desacreditada da política. Entendia que não poderia votar em branco ou nulo, pois o voto dela não seria considerado válido. E que, então, iria usar como forma de escolha de candidatos os “ladrões” que já estavam no poder, pois pelo menos essa pessoa se dizia já acostumada com eles e escolher alguém novo poderia implicar em não conhecer a “técnica” de “roubo” dessa pessoa.
 
Acredito que escolher os mesmos, desde que seja bem pensado e avaliado, não seja o problema. Mas pela condição que a pessoa apresentou (escolher os mesmos, pois pelo menos já conhecia o jeito de “roubar” dessa pessoa), eu argumento que eu vou continuar escolhendo novos “ladrões”. Quem sabe um dia eu acerte e encontre um que pense em cuidar mais da Nação e menos do próprio bolso...
 
Insisto: escolher os mesmos não é o problema! Só que devemos avaliar para chegar a essa conclusão de escolha, quer seja manter ou mudar. E exemplifico dizendo que eu, pessoalmente, apesar de não contar aqui meu voto, mantenho minha escolha de eleições anteriores, bem como altero em outras das opções de votação (já que vamos votar em 5 cargos nessa eleição!). Em algum cargo, eu mantenho, em outro eu mudo... Bom, pelo menos até agora! A Campanha não acabou e eu posso mudar ainda de opinião...
 
Deixando esse momento eleitoral de lado, vamos para a sequência do nosso “resumo livre da Bíblia”, que ainda está na fase de comentários sobre os livros dos profetas no Antigo Testamento, seguindo com o profeta Amós:
 
Autoria
O nome de Amós significa “Aquele eu suporta o jugo”. Tudo indica que ele era um nativo da pequena cidade de Tecoa, situada nas colinas de Judá, cerca de 16 km ao sul de Jerusalém.
 
Os métodos de análise nos fazem entender que ele seria o primeiro dos chamados profetas escritores, isso já no séc. VIII a.C. Além dele nessa época, encontramos possivelmente Oséias em Israel e Miquéias e Isaias em Judá.
 
Data
Amós profetizou durante os reinados de Uzias, de Judá (792-740 a.C.), e Jeroboão II de Israel (793-753 a.C.). Seu ministério foi realizado entre 760 e 750 a.C.
 
Conteúdo
O livro de Amos retrata basicamente uma mensagem de julgamento: julgamento sobre as nações, oráculos e visões de julgamento divino sobre Israel. O tema principal do livro mostra que o povo de Israel tinha quebrado seu concerto com Deus. Como consequência, o profeta apresenta o castigo de Deus sobre o povo por causa do pecado, e esse seria severo.
 
Esboço de Amós 
I. Introdução 1.1-2

II. Julgamento sobre as nações 1.3 –2.16
  Damasco 1.3-5
  Gaza 1.6-8
  Tiro 1.9-10
  Edom 1.11-12
  Amom 1.13-15
  Moabe 2.1-3
  Judá 2.4-5
  Israel 2.6-16
 
III. Oráculos contra Israel 3.1– 6.14
  Declaração de juízo 3.1-15
  Depravação de Israel 4.1-13
  Lamentação pelo pecado e Condenação de Israel 5.1-6.14
 
IV. Cinco Visões de Julgamento 7.1-8.1-14
  Visões de abrandamento 7.1-6
    1. Gafanhotos devoradores 7.1-3
    2. Chamas de fogo 7.4-6
 
  Visões de rigidez 7.7-9.10
    3. O prumo 7.7-9
    4. Interrupção de um Sacerdote 7.10-17
    5. O cesto de frutas maduras 8.1-14
 
V. A certeza dos juízos de Deus 9.1-10
 
VI. Promessas de restauração de Israel 9.11-15

 

Forte abraço.
Em Cristo,
Ricardo, pastor

Esta meditação foi enviada em 04/09/06 por e-mail.